“.. E VÓS,
QUEM DIZEIS QUE EU SOU?"
Todo estudante da
Bíblia, ou melhor dizendo: todo crente, conhece esta pergunta que cristo fez
aos seus discípulos, como bem a famosa resposta dada por Pedro: "Tu és o
Cristo, o Filho de Deus vivo", a qual concluiu o Senhor Jesus: Não foi a
carne e o sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus.
Que Jesus Cristo sabia que era o
Filho de Deus, não há dúvidas; além da natureza divina que possuía, desde o
ventre materno, Ele mesmo tinha ouvido a voz céu, por ocasião do seu batismo:
"... Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo"(Mat. 3:17); Ele
mesmo já havia afirmado em várias ocasiões ser o Cristo, o Filho de Deus.
fazia-se porém necessário ouvir dos seus discípulos, que seriam os seus
mensageiros, se tinham certeza de quem estavam seguindo. Certamente, não teria
mais importante resposta a ser ouvida por Cristo, naquele ponto do seu
ministério terreno, do que a confirmação por seus seguidores, de que Ele era o
Cristo, o Filho de Deus. Afinal, para isso Ele veio, como o "Enviado de
Deus" para salvar o mundo. Ele tinha certeza do seu ministério; Ele não
estava ali por acaso, nem tampouco alheio ao que lhe sucederia.
Mas, ouçamos novamente a pergunta do
Senhor:
"E vós quem dizeis que Eu Sou?"
Vejamos o que disse o anjo, quando
do anúncio do Seu nascimento: "Ela dará a luz um filho, e será o seu nome
JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. ...e Ele será chamado
pelo nome de EMANUEL, que quer dizer; DEUS CONOSCO, (Mt.1:21-23) Aqui o anjo
está dizendo que o menino que iria nascer, o Filho de Deus, é "Deus
Conosco".
A Unicidade de
Deus não foi produzida por concepção de nenhum “pensador” judeu ou pagão. É
Deus mesmo quem diz: “Ouve, Israel: O
Senhor nosso Deus é o único Senhor" .(Dt 6:4).
Os Teólogos
trinitários atribuem a Sabélio (cerca de 215AD.), a quem chamam de herege. O
que eles chamam de "heresia"
é, isto sim, a defesa da Unicidade de Deus. Na verdade Sabélio (que foi antecedido por
Noeto, Epigono, Cleomenes, e o bispo Zeferino, no período entre 180 a 217),
ensinou a mais fiel cristologia do Logos, a mesma defendida pelos apóstolos
Paulo e João.
Eis o ensino de Sabélio: Pai, Filho e Espírito Santo, são um só e o mesmo.
São os três nomes do Deus Único
que se manifesta de formas diferentes, segundo as circunstâncias. Enquanto Pai
é o Legislador do Antigo Testamento, enquanto Filho, é encarnado, e enquanto
Espírito Santo é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus que
assim aparece nessas relações sucessivas e transitórias, exatamente como se
pode, a um mesmo indivíduo, atribuir diferentes títulos segundo os diversos
papéis que venha exercer.
Tão bem
conceituada foi a teologia defendida por Sabélio, que veio influenciar
consideravelmente o desenvolvimento do que viria a ser a "Cristologia
ortodoxa". A crítica derramada sobre Sabélio e os seus antecessores, era
na realidade, política, por serem considerados "Monarquianos
modalistas", ou "monarquianos dinâmicos", opostos aos "montanistas"
(discípulos de Montano), como era o caso de Tertuliano, que conseguiu bastante
influência com os "mestres" da Igreja, dada à sua habilidade
literária.
Não entendemos
porque os teólogos trinitários encontram
somente Sabélio, quando tantos outros influentes "Pais da Igreja"
defenderam tão claramente a doutrina bíblica da Unicidade de Deus citando, por
exemplo: Inácio de Antioquia (110?), que foi discípulo do apóstolo João, que
ensinava: “O Sacrifício de Cristo é o
sangue de Deus" (vide Atos 20:28).
Saudava os cristãos romanos em Jesus Cristo, nosso Deus, e afirmava que
a Encarnação (o Cristo) foi a manifestação de Deus para revelar uma nova
humanidade". Calixto, afirmava:
"Pai, Filho e Logos, são nomes do Espírito único e indivisível; Filho é designação própria daquele que era
visível, ao passo que Pai é o Espírito que nele habitava.” Essa presença do Pai em Jesus é o Logos.”
Contudo, a
Teologia que ensina e prova biblicamente que Deus é um só, em três
manifestações, não é de autoria de Sabélio, nem de nenhum outro intérprete do período
pós-apostólico. Irineu, Sabélio e os demais aprenderam dos ensinos paulinos e
Joaninos. Para Paulo, a identificação do Cristo exaltado com a sabedoria, o
Logos, era não somente fácil, mas também natural. E a sabedoria, o Logos era
forçosamente pré-existente e devia ter estado sempre com Deus. Ele é o Espírito
de Deus, a sabedoria de Deus; nele habita corporalmente toda a plenitude da
Divindade.
No Evangelho de
João, a pré-existência e a atividade criadora do Logos (a Palavra que se fez
carne), merecem o mesmo lugar de destaque do pensamento de Paulo. Cristo é o
Logos, o Verbo que estava com Deus, e o Verbo era Deus (Observemos: "O
Verbo era Deus", não "um Deus").
A UNICIDADE DE DEUS NAS
ESCRITURAS
1) “Eu Sou o Senhor teu Deus... não terás outros deuses
diante de mim” (Êxodo 20:2,3);
2) “Ouve, Israel, o
Senhor nosso Deus é o único Senhor”
(Delft. 6:4; Marcos 12:29);
3) “Eu, o Senhor, o Primeiro,
e com os últimos, Eu mesmo”
(Is. 41:4).;
4) “Eu Sou o Senhor; este é o
meu nome; a minha glória, pois, não darei a outrem” (Is. 42:8);
5) “Eu, Eu Sou o Senhor, e fora de mim não há
Salvador” (Is. 43:11);
6) “Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu
Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu
Sou o Primeiro e Eu Sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is. 44:6);
7) Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra
Rocha que Eu conheça (Is. 44:8);
8) Eu Sou o Senhor, e não há outro; fora de mim
não há deus;(Is. 45:5);
9) ... fora de mim não outro; Eu Sou o Senhor e
não há outro. (Is. 45:6);
10) Deveras Deus está em ti, e
nenhum outro deus há mais.
(Is. 45:14);
11) Porventura, não Sou
Eu, o Senhor? E não há outro Deus senão Eu; Deus Justo e
Salvador, não há fora de mim. (Is. 45:14);
12) Lembrai-vos das coisas
passadas desde a Antigüidade: que Eu Sou Deus, e não há outro semelhante a
mim (Is. 46:9);
13. Ao único Deus sábio, seja
dada glória por Jesus Cristo (Rom
16:27);
14) “... sabemos que o ídolo
nada é no mundo e que não há outro Deus, senão Um Só” (1Cor. 8:4);
15) Todavia, para nós há Um Só
Deus, o Pai de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus
Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele (1 Cor. 8:6);
16) Ora, ao Rei dos séculos,
imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre.
Amém (1Tim. 1:17);
17) Porque há Um Só Deus e um
só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1Tim. 2:5);
18) “Um Só Deus e Pai de
todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef. 4:6);
19) Tu crês que há Um Só Deus?
Fazes bem; também os demônios o crêem, e estremecem (Tg 2:19);
20) Ora, ao Único Deus,
Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade,
domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre (Judas v.25).
O Único Deus REVELOU-Se em corpo humano.
No princípio era
o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele, nada do que foi
feito se fez. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O
conheceu. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, glória como a do Unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade - João
1:1-3, 10, 14 - E chamou-Se JESUS
CRISTO. Isto quer dizer: “Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo
mesmo”.
Deus, olhando
dos céus à terra, viu que “...não havia um justo, nenhum sequer” (Rom.
3:10); Viu que não havia ajudador algum
e maravilhou-se de
que não houvesse
um intercessor; pelo que o seu braço lhe trouxe a salvação, e a sua justiça o
susteve (Is. 59:16). Jesus Cristo é o braço de Deus (Is. 53:1), e é também a
Justiça de Deus (Jr. 23:5,6).
Sabemos pelas Escrituras,
de algumas intervenções diretas de Deus, para salvar, ou para julgar o seu
povo, que resultaram em destruição de grande número de almas, porque o Santo
Deus, não tolera a impiedade, e certamente toda a raça humana seria destruída,
por uma intervenção divina, direta, ou através de anjos, uma vez que estes
seres celestiais, ministros de Deus, não conheceram a natureza pecaminosa do
homem.
Sendo Deus,
Espírito, sem aparência corpórea visível, o que significa "a direita (ou
Destra) de Deus? Observaremos nas Escrituras citadas, que "Destra" ou
"Direita" de Deus, representam o Seu poder, ou a Sua majestade:
" tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder: a tua destra despedaça o
inimigo" (Ex. 15:6), "A destra do Senhor faz as proezas" (Sal.
118:15,16), Até ali a tua mão guiará e a tua destra me salvará. (Sal 139:10),
Não temas, porque eu sou contigo, não te assombres, porque eu sou teu Deus: Eu
te esforço e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. (Is.41:10),
"De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu,
e assentou-se a destra de Deus" (Mc.16:19, At. 2:33), "Ele é o
resplendor da glória de Deus, e a expressa imagem da sua pessoa (a expressa
imagem do seu Ser), sustentado todas as coisas pela palavra do seu poder,
havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se a destra
da majestade nas alturas" (Hb.1:3), e pode assim dizer: "Todo o poder
me é dado no céu e na terra! (Mat. 28:18).
O apóstolo João viu o cristo
glorificado (Ap. 1:8, 17), que lhe informou ser o Primeiro e o Último, o Alfa e
o Omega, o Princípio e o Fim, aquele que É e que era, e que há de vir, o
Todo-Poderoso (v.8); ele viu o trono da majestade divina (Cap.4) viu os quatro
seres viventes sobre os quais se assenta a glória de Deus, viu os vinte e
quatro anciãos, viu ainda o Leão da tribo de Judá, que ao mesmo tempo é o
cordeiro que foi morto, e que é digno de receber riquezas, sabedoria, honra e
glória e ações de graças (Cap.5), e por fim, ele viu o grande Trono Branco, e
nele assentado UM, de cuja presença fugiu a terra e o céu (20:11).
O Apóstolo Paulo afirma que Jesus
Cristo é a forma visível do Deus invisível (Fil. 2:6, Col. 1:15). E o Senhor
Jesus mesmo declara: " Quem me vê a
mim vê o Pai." (Jo. 14:9).
Aos que conosco
alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça de nosso Deus e Salvador Jesus
Cristo
Pr. Artur
Gabriel
Ministério Aliança Apostólica
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